A venda de carros usados e seminovos cresceu 5,47%. É o que afirma uma pesquisa da Federação nacional de Distribuição de Veículos Automotores – Fenabrave – realizada este ano, até o mês de maio em comparação com os cinco primeiros meses do ano passado.
Em 2013, no mesmo período, as vendas de carros novos caíram 5,19% até o mês de maio, e o número ainda aumentou até o mês de junho, ficando em 7,3%. A disparidade entre novos e usados tem uma explicação. De acordo com o presidente da Fenabrave, Flávio Meneguetti, a questão está na consciência do consumidor com relação a custo x benefício. “Muitos dos clientes que estavam dispostos a comprar um carro novo foram para o seminovo e conseguiram um modelo com maior valor agregado por preço semelhante”.
A organização não acredita em uma recuperação da indústria automotiva e revisa para baixo a previsão do mercado para baixo. A Fenabrave projeta uma queda de 7,75% das vendas de veículos particulares e comerciais leves para o ano de 2014.
Efeito IPI reduzido
O IPI reduzido durante muito tempo alavancou a venda de carros novos no Brasil. No entanto, esse alto escoamento de veículos 0 km no mercado, acelerou a desvalorização de veículos novos e usados. Barateando ainda mais os veículos que eram revendidos.
Segundo Danilo Vasconcelos, sócio fundador da Dinamicar Pneus, uma loja de pneus no Rio de Janeiro, a aquisição de veículos usados não significa mais sinônimo de dor de cabeça. “É muito comum ver veículos usados do ano de 2013 no mercado. O desgaste desses carros, dependendo da maneira como era utilizado, é muito pequeno. Alguns são vendidos com menos de 20.000km rodados”.
Resta agora à indústria automotiva realizar alguma manobra para incentivar a aquisição de carros novos, seja pela facilitação do crédito ou uma nova redução de taxas para baratear o valor final do produto.
Texto cedido por Daniel Delfino